Corinthians 93x81 Pato Basquete: venceu, mas não convenceu

Fuller homenageado antes da partida (Foto: Reprodução/Corinthians)

Na noite dessa sexta-feira (6), o basquete do Corinthians voltou a jogar em casa pelo NBB e bateu a equipe do Pato Basquete por 93x81. O Timão agora tem um recorde de 12-12 na competição, graças ao bom desempenho em seus domínios – são 8 vitórias e 4 derrotas quando atua no Parque São Jorge. O resultado, inclusive, mexeu com os dois times na classificação. O alvinegro voltou a figurar no G8 do campeonato, que dá direito a decidir em casa nas oitavas de final, enquanto o Pato, adversário da noite, virou o novo lanterna.

O jogo ainda foi marcado por ser a centésima partida de Zoom Fuller, o "gringo da favela", pelo Corinthians. Um dos ídolos dessa nova fase do basquete alvinegro, o jogador ainda afirmou que ama jogar pelo Timão.

A placa recebida por Fuller (Foto: Reprodução/Corinthians)

PRIMEIRO TEMPO

Com um quinteto mais baixo de titular, incluindo Vezaro na posição 3, o Corinthians foi logo mostrando seu cartão de visitas, abrindo 10x2 nos três primeiros minutos da partida. Com a equipe do Pato marcando por zona, o Timão apostava em fazer jogadas rápidas, conseguindo arremessos livres para aumentar sua vantagem. No fim do primeiro quarto, os alvinegros já haviam distribuídos nove assistências, vencendo os primeiro dez minutos por 25x12.

O segundo quarto começou parecido com o primeiro, já que o Corinthians não parava de encontrar espaços para arremessar livre para três. Porém, na metade final do período o Pato se encontrou na partida, com o Timão tendo seus famosos apagões. Inclusive, nesse quarto que surgiu a estrela de Arthur Pecos. O armador reserva fez um de seus melhores jogos no ano, matando cinco bolas de três apenas no segundo período.

Pecos foi destaque na partida (Foto: Reprodução/NBB)

Porém, a vantagem que chegou a ser de 25 pontos, chegou ao intervalo em 18, após um péssimo final de período do Corinthians. Pecos fez 15 dos 28 pontos do time no quarto, sendo todos em bolas do perímetro, além de distribuir três assistências e terminar o período com 18 de eficiência, bancando Fischer por todo os 10 minutos. No intervalo, o Corinthians cumpria o dever de casa, vencendo por 53x35.

SEGUNDO TEMPO

O terceiro quarto começou e Bruno resolveu voltar com Fischer de titular, deixando Arthur Pecos, que pegou fogo no segundo quarto, esquentando banco por mais de cinco minutos. Por coincidência ou não, o terceiro quarto foi o pior período ofensivo do Timão, que anotou apenas 19 pontos, sendo 11 de Fuller.

O “gringo da favela” aproveitou a ausência do, até então, melhor jogador do Timão em quadra, para assumir a responsabilidade, matando, inclusive, três bolas do perímetro. Na metade do quarto, o Corinthians relaxaria no jogo, tomando uma corrida de 10x0 do Pato, que cortava a metade para exatamente 10. E, se a escolha de deixar Pecos no banco por cinco minutos foi duvidosa, a de deixar Wesley em quadra por sete foi ainda pior. O ala saiu com dois pontos e apenas 18% de aproveitamento. O Timão perdeu o quarto por 26x19, entrando no período decisivo com apenas 11 de vantagem.

Se a torcida corinthiana já estava apreensiva com o final do terceiro período, o começo do último não serviu para mudar isso. Após os três primeiros minutos, o Corinthians via sua vantagem cair para um dígito pela primeira vez desde o primeiro quarto, quando o Pato diminuiu para oito pontos. Mas, como diria o ditado, nada é tão ruim que não se possa piorar, e, faltando cinco minutos para o fim, a vantagem era de quatro pontos. E só não foi pior graças a Rodrigues. O ala do Pato teve a chance de deixar a diferença em dois pontos, mas acabou errando a enterrada sozinho. A partir dessa jogada, inclusive, o Pato só anotou mais um ponto, contra seis do Corinthians, que finalizou o jogo com vitória – 93x81.

ANÁLISE FINAL

A Fiel torcida certamente estava esperando por uma vitória fácil contra o (agora) lanterna da competição e, obviamente que o primeiro quarto ajudou nessa expectativa. O Timão dominou por completo o adversário, usando e abusando de passes rápidos em busca de chutadores que, por conta de o Pato optar por uma defesa em zona, estavam quase sempre livres para castigar do perímetro.

O segundo período tem nome e sobrenome – Arthur Pecos. O armador reserva, que fez um péssimo jogo no majestoso, explodiu para 15 pontos, todos em bolas de 3 e, na sua maioria, livre. Porém, o Corinthians não é o Corinthians se não sofrer apagões durante a partida. No segundo quarto, por exemplo, a vantagem chegou a 25, mas o alvinegro acabou tomando 6x0 no minuto final.

Após o intervalo, o técnico Bruno Savignani optou por voltar com Fischer, apagadíssimo no jogo, ao invés de Pecos, que estava on fire na partida. A decisão é tão inexplicável que, mesmo com Fischer jogando 1’30 a mais que seu reserva, não conseguiu fazer mais pontos que Pecos. O quarto, pior em termos ofensivos do Corinthians no jogo, ainda ficou marcado por outro apagão, quando o Pato fez uma corrida de 10x0, voltando pro jogo.

No último quarto, a esperança de uma vitória fácil virou quase que desespero. Time parecia nervoso em quadra, errando muito nos minutos iniciais do período que, em certo ponto, marcava 83x80 no placar. Podemos dizer até que a vitória é muito graças ao toco no final da partida, quando Rodrigues, sozinho, errou a enterrada, sendo bloqueado pelo.... aro.

Enfim, com o resultado, o Corinthians pegou o elevador e subiu três posições na tabela, estacionando em sétimo e empurrando seu adversário para a lanterna. O Timão segue sua saga de jogos em casa na próxima terça-feira (10), quando enfrenta o Mogi, quarto colocado do NBB, às 20h, com transmissão da ESPN.

Classificação do NBB até 06/03, com o Timão de volta ao G8 (Foto: Reprodução/NBB)

NÚMEROS DO JOGO

1º Quarto: Corinthians 25x12 Pato Basquete
2º Quarto: Corinthians 28x23 Pato Basquete
1º Tempo: Corinthians 53x35 Pato Basquete

3º Quarto: Corinthians 19x26 Pato Basquete
4º Quarto: Corinthians 21x20 Pato Basquete
2º Tempo: Corinthians 39x46 Pato Basquete

Total: Corinthians 93x81 Pato Basquete

DESTAQUES DO CORINTHIANS

Fuller – 24 pontos (69% FG), 5 rebotes, 7 assistências (melhor marca da carreira), 27 de eficiência e 100 jogos com a camisa do Corinthians

Pecos – 24 pontos (71% FG (sendo seis bolas de 3, melhor marca da carreira), 1 rebote, 3 assistências e 24 de eficiência

Escrito por Erick Araújo, revisado por Daniel Keppler

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