ÚLTIMAS

17 de janeiro de 2020

O maravilhoso 2020 do Corinthians - no Football Manager

O Football Manager é o jogo de simulação de futebol mais conhecido atualmente (Foto: Reprodução)

Nessa quarta-feira (15), o Corinthians venceu o New York City pela Florida Cup por 2x1 e finalmente matou a saudade da Fiel, que estava há um mês sem ver a equipe jogar. Foi um jogo de boas estreias e uma boa postura em campo, que deram esperanças de que a temporada vai dar bom!

Mas nós somos curiosos e resolvemos ir além das esperanças. Queríamos saber até onde podemos sonhar! E qual a melhor forma de simular como nosso 2020 pode ser?

Claro, usando o melhor simulador de futebol que existe na atualidade, o Football Manager!

Para quem não conhece, o FM é um jogo desenvolvido pela Sports Interactive e distribuído pela SEGA, onde o jogador assume as funções de manager de um clube de futebol - e assim, diversas responsabilidades na gestão dessa equipe. Como manager, o jogador pode, por exemplo, contratar e demitir jogadores e comissão técnica, negociar contratos, desenvolver jogadores e treinar sua equipe nas competições. A base de dados é toda real, de jogadores à estrutura dos torneios e clubes.

Lançado em 2005, o FM é sucessor de outro jogo muito conhecido do segmento, o Championship Manager (CM), cuja edição 2001/02 virou febre e até hoje tem uma legião de fãs e jogadores. Ele era desenvolvido pela SI em parceria com a Eidos, mas em 2004 as empresas romperam.

Como fizemos a simulação

Para simular a temporada do Corinthians com o máximo de fidelidade, adicionamos à base de dados do jogo a última versão do Brasil Mundi Up, uma coleção de arquivos editados que adiciona jogadores, staffs e diversas outras melhorias à jogabilidade em "saves" no Brasil. Todo o mercado de transferências do país está atualizado até a manhã desta quarta (15).

Então, iniciamos um jogo, carregando as Séries A e B do Brasil mais as elites dos seguintes países: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Bolívia, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Equador, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Itália, México, Paraguai, Peru, Portugal, Qatar, Rússia, Turquia, Ucrânia, Uruguai e Venezuela.

Escolhemos iniciar o jogo (ou como falamos, "save") sem escolher um clube, como "desempregado". E aí passamos a observar o que aconteceria no Corinthians durante a temporada, parando a simulação todo dia 1º para printar momentos-chave e publicar aqui. Vamos lá?

Janeiro

Mas antes, um aviso: apesar de a base de dados do FM ser real, o jogo ainda não consegue simular todos os detalhes de uma temporada fielmente. Uma das coisas que não dá é a ordem e data de jogos dos campeonatos e, em outros casos, os grupos realmente sorteados. Com isso os grupos da Libertadores 2020 são diferentes no nosso save, ok?

O elenco do Corinthians para o início da pré-temporada tinha 29 jogadores, desconsiderando os emprestados Lucca, Sornoza, Renê Junior e Matheus Jesus. A base foi totalmente ignorada por Tiago Nunes, pelo menos no FM (que não seja na vida real).


Curiosamente, estreamos na temporada contra o New York City - mas não pela Florida Cup, e sim em um amistoso simples. E vencemos: 3x1, com gols de Fágner, Pedrinho e DAVÓ!


Após mais dois amistosos internacionais, veio a estreia no Paulista, com direito a clássico contra o Santos. E, como nos acostumamos a ver na vida real, Cássio teve atuação de gala e nos garantiu a vitória: 1x0. Mas esse foi o último momento de alegria do mês: após mais um amistoso (2x2 com o Vélez Sarsfield, da Argentina), o Timão foi surpreendido e perdeu duas seguidas no Paulista, para Red Bull Bragantino e Água Santa. Como se não bastasse, uma bomba: a venda de Boselli para a Real Sociedad (ESP), por míseros 850 mil euros.

Fevereiro

O mês começou como janeiro terminou: duas derrotas, uma delas doída e com potencial de virar tragédia: um sonoro 3x1 para o Macará (EQU), em plena Arena Corinthians, pela Pré-Libertadores. A essa altura, a equipe acumulava quatro revezes e certamente o técnico Tiago Nunes estava em baixa com a direção e a torcida.

Mas no jogo seguinte, a equipe volta a vencer: 2x0 sobre o Novorizontino. O fim do jejum dá o ânimo que o time precisava para ir ao Equador focado, e com gols de Gil, Cantillo e Luan, vence o Macará por 3x1. Nos pênaltis, Cássio brilha e o Corinthians se classifica!


A "remontada" transforma o clima no Corinthians, que engata uma sequência invicta e culmina na ida do time à fase de grupos da Libertadores, após vencer o Junior Barranquilla (COL) por duas vezes: 2x1 lá e 2x0 aqui. Confronto curioso, pois significaria o reencontro de Cantillo com seu ex-clube, onde fez história. Aqui, no jogo, o Corinthians não vai para o grupo do Palmeiras, mas também enfrenta um brasileiro: o Flamengo, no grupo A, juntamente com LDU (EQU) e Libertad (PAR).


Março

O mês começou com goleada: 3x0 sobre a LDU, em Quito, pela estreia no Grupo A da Libertadores - gols de Araos (2x) e Gustavo. Sim, Angelo Araos é muito aproveitado nesse save (mas vamos falar disso no fim). O Corinthians ainda vence a Ferroviária pelo Paulista, na sequência, e só então encerra a série invicta de oito jogos, ao perder para o Flamengo pela Libertadores.

A equipe ainda tem outro tropeço feio em março: no dia 20, em casa, tudo dá errado no primeiro Derby do ano e o Timão perde por 3x0. A derrota acaba sendo o diferencial para que, ao fim da fase de grupos do Paulista, o Botafogo de Ribeirão Preto terminasse na liderança da chave, com o Corinthians em segundo apenas um ponto atrás.


E nas quartas-de-final, o Botafogo mostra o motivo de ter feito tal campanha, engrossando o jogo contra os corinthianos e levando a decisão da vaga para os pênaltis. Lá, a estrela que brilha dessa vez é Walter, e mais uma vez a classificação vem!


Abril

O mês começa com o Corinthians se classificando para mais uma final de Campeonato Paulista, após vencer o Red Bull Brasil de GIOVANNI AUGUSTO (pois é) por 2x1 na semifinal. Após mais um jogo de Libertadores, as duas decisões, contra o São Paulo: na Arena, 3x2 para o Timão (três gols de Gustavo); e no Morumbi, com gols de Araos e Mateus Vital, vitória por 2x0 e título na mão, o 31º estadual da história e o quatro consecutivo - algo que não ocorre desde 1919 com o Paulistano!


Na metade seguinte de abril, ainda houve uma boa vitória contra o Flamengo no RJ, pela Libertadores, e a estreia do Corinthians nas competições nacionais: pelo Brasileiro, vitória sobre o Coritiba; pela Copa do Brasil, empate com o... Palmeiras! Pois é, o FM nos colocou frente a frente com nossos rivais logo de cara.

Maio

No primeiro jogo de maio, o Corinthians vence a LDU (EQU) em casa para encerrar o Grupo A da Libertadores na liderança, com cinco vitórias e apenas uma derrota. Agora, esperaria o mês de julho, quando iria enfrentar os paraguaios do Olimpia nas oitavas!



O mês também teve três clássicos, praticamente em sequência: dois pelo Brasileiro (derrota para o Palmeiras por 3x2 em casa e empate com o Santos por 2x2 na Vila Belmiro) e um pela Copa do Brasil (vitória do Timão por 2x0 no Alianz, nos levando às quartas do torneio).

Junho

O último mês do primeiro semestre foi dedicado ao Brasileirão: oito jogos pelo campeonato, onde o Corinthians consegue obter um aproveitamento excelente: leva 19 pontos de 24 possíveis. Entre as vitórias, uma contra o São Paulo, em pleno Morumbi. A arrancada faz o Timão disparar no torneio e chegar à vice-liderança, atrás justamente do São Paulo.


Julho

Após um junho quase perfeito no Brasileirão, o Corinthians faz um julho muito irregular: empata com o Sport em casa e perde para Goiás (por 3x0!) e Fortaleza, fora. Ao todo, em cinco partidas, o time conquista apenas cinco pontos - aproveitamento de 33%.

Mas na Libertadores, as coisas dão certo contra o Olimpia: após empatar no Paraguai por 1x1 (gol de Luan), na Arena a equipe se impõe e vence por 3x1 (gols de Araos, Gabriel e Pedrinho), voltando a disputar a fase de quartas-de-final do torneio continental após oito anos!


Também em julho, houve duas saídas da equipe: Ramiro, vendido para o CSKA Moscou (RUS), e Vagner Love, para o Málaga (ESP).

Agosto

Do outro lado da chave na Libertadores, esperando o vencedor de Corinthians x Olimpia, estavam Palmeiras e Bolívar (BOL). Tudo certo para mais um Derby, certo? Errado: o Palmeiras perdeu na Bolívia por 2x1 e empatou por 2x2 no Brasil, caindo na competição.

Restou ao Corinthians enfrentar os bolivianos, portanto. E enfrentou bem: com duas vitórias por 2x0, o clube se classificou para as semifinais, onde enfrentaria o mesmo adversário que bateu na campanha de 2012: o Santos



O mês ainda ficou marcado pela classificação às semifinais também na Copa do Brasil, ao bater o Fluminense (1x1 em casa e 2x1 no Rio) e por mais um triunfo sobre o Palmeiras na casa deles: 1x0, pelo Brasileiro.


Setembro

Chegando no final do ano, setembro foi o mês da primeira decepção do ano: a eliminação na Copa do Brasil, para o Atlético-MG (que viria a ser o campeão). Após vencer na Arena Corinthians por 1x0, o Timão levou a virada em Minas, perdendo por 2x0, e saindo do torneio.

Já no Brasileirão, o mês rende ao Corinthians 100% de aproveitamento dos pontos: quatro vitórias em quatro jogos, mantendo a equipe próxima dos líderes. E na última partida do mês, o time inicia a decisão pela Libertadores na Vila Belmiro: com atuações brilhantes de Cássio, Gil e Fágner (autor de um gol), a equipe venceu os anfitriões por 2x0, levando para SP uma bela vantagem na busca pela vaga na decisão. O outro gol da noite foi de Gustavo.

Outubro

Outubro foi um mês de apenas cinco jogos e uma invencibilidade estranha para o Corinthians: no Brasileirão, a equipe não perdeu, mas também não ganhou: quatro empates, todos por 1x1. A sequência fez a equipe perder pontos importantes na reta final do torneio, fazendo-a cair para a 5ª posição após 33 rodadas.


Mas, no jogo mais importante do mês, veio o resultado que todos queriam: recebendo o Santos na Arena, o Corinthians marcou com Sidcley logo aos 9 minutos de jogo e depois contou com Cássio (o melhor em campo) para garantir a classificação para a final da Libertadores!


Novembro

A luta pelo bi da Libertadores seria no Rio de Janeiro, mas a final seria paulista: Corinthians e São Paulo! Seria o sexto Majestoso do ano, e o Timão estava invicto, ou seja: o desafio era manter o tabu!

Antes disso, o time disputou mais quatro jogos pelo Brasileiro, mais três empates, sendo dois em casa (Vasco e Bahia), que afastaram a equipe do Grêmio, líder e virtual campeão do torneio, a uma rodada do fim.

Com o elenco exausto após 74 partidas no ano (sem contar os quatro amistosos), Tiago Nunes opta por um Corinthians titular com algumas caras interessantes. De volta do Al-Khor, Lucca é escalado no ataque; no meio, Richard  e Cantillo fazem a dupla de volantes e Léo Santos é o companheiro de Gil na zaga. Do outro lado, um São Paulo com o que tinha de melhor.


Na partida, o Corinthians tem um gol anulado pelo VAR, mas quem finaliza mais é o São Paulo: durante os 120 minutos de tempo normal e prorrogação, são 21 chutes a gol do São Paulo, contra apenas 10 do Timão. Mas ninguém marca e a partida vai para os pênaltis.

Jadson abre as cobranças do Timão perdendo o seu, permitindo ao São Paulo abrir vantagem. Fagner, Araos e Pedrinho marcam, e no quarto tento tricolor, Cássio cresce e Tchê Tchê chuta para fora! Sidcley fecha as cobranças corinthianas marcando e então...

Pablo para no paredão! Cássio é herói de novo, e o Corinthians vence a Libertadores, em uma edição que mais pareceu Copa do Brasil com convidados!



Dezembro

O último mês do ano começou com o término do Brasileiro; o Corinthians acaba ficando na quarta posição do campeonato, com 65 pontos, atrás de Grêmio, Flamengo e Santos, que protagonizaram um empate triplo com 69 (o time gaúcho venceu no número de vitórias).


E então, o time corinthiano rumou para Doha, onde iria disputar seu terceiro Mundial de Clubes da história. Na estreia, os campeões asiáticos do Jeju United (CDS). Do outro lado, o campeão africano Orlando Pirates (AFS) e o campeão europeu, a Juventus (ITA) de Cristiano Ronaldo!


Na semifinal, um susto: o Jeju saiu na frente, com gol de Osaguona aos 4 minutos. Mas o Corinthians virou ainda no primeiro tempo com Araos e Gustavo, e assim ficou: 2x1, e vaga na final garantida.

Na decisão do torneio, que também foi o 83º e último jogo do ano, a Juventus (ITA). Novamente iniciando o jogo desatento, o Corinthians sofreu o primeiro gol logo a 1 minutos de jogo: Ivan Rakitic marcou para a Juventus. Mas a equipe italiana ficou nisso, e ainda viu Gustavo marcar aos 31 da segunda etapa, empatando o jogo e levando a decisão para a prorrogação!

Mas no tempo extra, a superioridade dos europeus falou mais alto: Rakitic de novo, aos 7, e Rabiot, aos 10 minutos do primeiro tempo, marcaram e deram números finais ao jogo: 3x1 para a Juventus, campeã mundial de clubes.


Números gerais

Chamou atenção nessa simulação a quantidade de jogos na temporada, fruto do bom desempenho do time: 83, com 44 vitórias, 24 empates e 15 derrotas. Ao todo o time marcou 115 gols e sofreu 72, com um bom saldo de 43 gols.

Sem Boselli, vendido em janeiro, ficou a cargo de Gustavo a tarefa de ser o artilheiro. E ele cumpre isso no save: termina o ano com 27 gols marcados. Na sequência, vem Araos (13), Mateus Vital (12), Luan (11) e Pedrinho (9). Já a lista de assistências é mais democrática: três jogadores dividem a liderança, com 9 (Cantillo, Pedrinho e Mateus Vital). Na sequência aparecem Gustavo (8), Araos (7) e Luan (7).

Analisando a nota média dos jogadores, outra surpresa: o melhor jogador da temporada foi Janderson, com nota 7,24. E na segunda posição outro atleta que surpreendeu, pelo desempenho e pela posição onde jogou: Danilo Avelar, como lateral-esquerdo, ficando com 7,17. Na sequência apareceram Fágner (7,11), Walter (7,09) e Gustavo (7,07). 

Dos reforços, Luan é o que se sai melhor: jogando 49 vezes, marcou 11 gols e deu 7 assistências, ficando com média 6,95. Cantillo vem a sequir, tendo jogado 59 partidas, com 3 gols e 9 assistências e média 6,89. Sidcley por sua vez também jogou 59 vezes, mas marcou 1 gol e 1 assistência e ficou com 6,78. Ah sim, Davó: o garoto só jogou oito vezes, marcou 1 gol e teve média 6,77.

O time-base de Tiago Nunes nesse save, baseado no número de jogos, acabou sendo: Cássio; Fágner, Pedro Henrique, Gil e Sidcley; Cantillo, Gabriel, Mateus Vital, Araos e Pedrinho; Gustavo. O esquema é algo parecido com um 4-2-3-1 sem pontas, com os três meias flutuando pelo centro. Diferente, mas pelo visto deu certo (risos). 

E aí, curtiu? Tem alguma curiosidade que você queira saber dessa simulação? Alguma outra informação? Manda a pergunta e a gente responde!

Escrito e revisado por Daniel Keppler 

Siga o autor no Twitter: @daniel_keppler

Nenhum comentário:

Postar um comentário