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9 de fevereiro de 2020

Guia do Brasileiro Feminino 2020: saiba tudo sobre o torneio

Troféu do Brasileirão Feminino, título que o Corinthians já conquistou em 2018 (Foto: Reprodução/Twitter BRFeminino)

O Campeonato Brasileiro Feminino, organizado pela CBF desde 2013, chega à sua 8ª edição nessa temporada. E por isso, nós o Corinthians 247 decidiu te ajudar a conhecer o torneio e suas equipes. Claro que nós já temos as favoritas ao título (Alô, #TimeDeRecordes), mas vai que dá zebra? Não que a gente queira, claro!

Seja para cornetar, ou para apoiar, aqui estão todas as principais informações sobre os clubes em disputa (as escalações, perspectiva para a competição, histórico no Brasileirão, craque do time), onde assistir os jogos e quais os principais confrontos pra ficar de olho, sem nenhum clubismo (ok, talvez um pouquinho rs)!

Fórmula de disputa

O Campeonato Brasileiro - Série A1 será disputado em quatro fases:

1ª Fase: 16 clubes, todos contra todos (jogo único);
2ª Fase (quartas-de-final): Oito melhores clubes da 1ª fase distribuídos em quatro chaves (ida e volta);
3ª Fase (semifinal): Os quatro vencedores se enfrentam de acordo com seu chaveamento (ida e volta); 
4ª Fase (final): Jogos de ida e volta sempre definidos com base na somatória dos pontos da equipe em todas as fases.

Rebaixamento: As quatro equipes de pior campanha, serão automaticamente rebaixadas para a série A-2 do Brasileirão.

Onde assistir?

Assim como no ano passado, a TV Bandeirantes continuará exibindo um jogo por rodada aos fins de semana, na faixa das 14h (geralmente o Coringão tá lá, de audiência a gente entende). O restante dos confrontos estará ou na CBF TV em parceria com a MyCujoo, plataforma gratuita de streaming (só ir no site da CBF que aparece), ou no Twitter do Brasileirão Feminino

Jogos de Destaque

PALMEIRAS X CORINTHIANS (1ª rodada)
Local: Nelo Bracalente - Vinhedo - SP 
Data: 09 de fevereiro de 2020 (domingo), às 14h

Duelo que abre o campeonato. Do lado verde, há um time em ascensão e reconstrução levando em conta os oito reforços; já do lado alvinegro, temos o Time de Recordes, que manteve a base da equipe multicampeã em 2019, além de bons reforços. O jogo terá transmissão da Band.

CORINTHIANS X FERROVIÁRIA (5ª rodada)
Local: Fazendinha - Parque São Jorge
Data: 14 de março de 2020 (sábado), às 17h

Reedição das finais do Campeonato Brasileiro 2019, que culminou em um título para a equipe de Araraquara. Tem tudo para ser um dos melhores jogos do campeonato, uma revanche para as corinthianas, um jogo com duas equipes que se conhecem e prometem rivalizar novamente. O jogo terá transmissão da CBF TV.

CORINTHIANS X SANTOS (15ª rodada)
Local: A definir
Data: 17 de maio de 2020 (domingo), em horário a definir

Mais um clássico como destaque. Nele, o Corinthians que dispensa apresentações enfrenta a equipe santista, tradicional no cenário feminino e que conta com o reforço da atacante Cristiane, será um confronto interessante. Ainda não foi definido por onde o duelo será transmitido.

Brigam pelo título

CORINTHIANS

Craque do time: Em um time como o do Corinthians é difícil escolher apenas uma jogadora, porém Vic Albuquerque se destacou muito e colecionou títulos coletivos e individuais (melhor meia e revelação do Campeonato Brasileiro, parte da seleção do Campeonato Paulista, e artilheira e craque do mesmo campeonato) em 2019, convocada para Seleção Brasileira... Vic é a craque do Corinthians.

Momento do time e perspectiva para o torneio: O Corinthians conta com talvez o melhor técnico e elenco do Brasil. Jogando um futebol ofensivo a todo tempo com uma mistura de jovens e experientes, o time tem como prioridade esse ano continuar seu legado. Ganhou 34 partidas seguidas, sendo campeão da Libertadores e Paulista, o Coringão espera continuar fazendo história e vem para 2020 buscando mais títulos.

O clube renovou com protagonistas de 2019, como Tamires, Giovanna Crivelari, Ingrid Carolina, Lelê, Juliete, Vic Albuquerque, além da continuação do trabalho do Arthur Elias que seguirá como técnico em 2020. Do elenco anterior, Millene - principal artilheira do time - foi a única que não renovou.

Histórico no Brasileirão: Em 2019 o Corinthians fez campanha quase perfeita no Brasileirão, perdendo apenas uma partida, para o Santos na primeira fase. Passando por todos os adversários até a final, acabou surpreendido pela Ferroviária na decisão, após dois empates e uma derrota nos pênaltis. Seria o bicampeonato, já que em 2018 o clube foi campeão do Brasileirão. Será que agora vai?


PALMEIRAS

Craque do time: O Palmeiras se reforçou bastante para a competição e tem muitos destaques no elenco, como as atletas recém chegadas do São Paulo, Ottilia e Ary Borges. Essa tem tudo para ser a craque do time e da seleção brasileira futuramente, inclusive. Mas também vale citar a zagueira argentina Agustina que chega com a experiência de ser medalhista olímpica, a lateral direita Isabela que já está no radar da seleção e costuma ser bastante ofensiva, apoiando bem o ataque, e a atacante Carla Nunes, artilheira palmeirense em 2019 com 19 gols.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Boa parte das atletas que foram campeãs da Copa Paulista em 2019 e garantiram acesso a divisão principal do Brasileiro permanecem no elenco. Entre os destaques estão Vivi, Thais, Isabella, Vitória, Nicoly, Carla Nunes e Bianca.

Além das renovações, oito reforços chegaram para fortalecer a equipe do técnico Ricardo Belli, são elas:  Karen Xavier (goleira), Agustina Barroso (zagueira argentina), Rosana (polivalente jogadora), Angelina, Ary Borges, Stefany (meias), Ottilia e Monica (atacantes). Para esse ano a equipe com todos esses reforços e a base remanescente se fortaleceu o bastante fazendo com que os torcedores sonhem com o título no final do ano.

Histórico no Brasileirão: O time feminino foi fundado em 1997, mantendo as atividades até 2012. Em 2019, após exigência da Conmebol de que as equipes participantes da Copa Libertadores masculina tivessem uma equipe de futebol feminina, a modalidade foi reativada e equipe participou pela primeira vez do Brasileirão, garantido acesso à elite mesmo sendo eliminado nas semifinais da série A2.

FERROVIÁRIA

Craque do time: A craque do time é a goleira Luciana que esteve na seleção do Campeonato Brasileiro e concorreu ao prêmio Craque da Galera. Foi destaque do time em 2019 e quer continuar fazendo história esse ano.

Momento do time e perspectiva para o torneio: A Ferroviária, sem muito investimento, conquistou o Brasileirão e chegou a outras duas finais, isso devido à formação de atletas, que lhes permitiu bater de frente com grandes adversárias. Em 2020 o clube continua investindo em jogadoras novas, como fez contratando a atacante Elisa de 22 anos e a defensora Bruna Natiele de 23 anos. Mas também se reforçou com jogadoras com uma certa experiência, como Pati Sochor, atacante de 25 anos, e Amanda Brunner, meia-campista de 26 anos. Além disso o clube renovou com nomes importantes como Luciana, Luana, Géssica, Adriane Nenê, Ludmila, Aline Milene, Rafa Mineira, Carol Tavares, Rafa Andrade e Barrinha.

Histórico no Brasileirão: Em 2019 a Ferroviária conquistou o Campeonato Brasileiro em cima do Corinthians, time que também enfrentou nas finais da Libertadores e do Paulista, sendo derrotado em ambas. A grande fase do time ocorreu entre 2014 e 2015, quando o clube venceu seu primeiro Brasileirão, além de uma Copa do Brasil e uma Libertadores.

INTERNACIONAL

Craque do time: Ter Fabi Simões no elenco é garantia de experiência e qualidade; a lateral-direita de 30 anos tem vasto histórico na Seleção Brasileira e rodagem pelo futebol nacional e internacional. Polivalente, é defensora de origem, mas na equipe do técnico Maurício Salgado ela joga de atacante - só que na Seleção do Brasileirão 2019 ela foi eleita melhor lateral, função que quase não desempenhou no torneio (alô, CBF!).

Momento do time e perspectiva para o torneio: Esse ano o Internacional chega para brigar lá em cima. Um elenco que já era bom foi reforçado com a chegada da goleira Kemelli, das meio-campistas Juliana e Djeni e da ótima atacante Byanca Brasil. O mínimo para as Gurias Coloradas é chegar ao mata-mata, mas a perspectiva é que alcem voos mais altos.

Histórico no Brasileirão: Com o futebol feminino do clube reativado em 2017, a equipe no ano seguinte chegou às semifinais do Brasileirão A2, garantindo a ida para a 1ª divisão. Já no primeiro ano na elite, alcançaram a 5ª colocação na 1ª fase, sendo eliminadas nas quartas-de-final para o Flamengo/Marinha.
SANTOS

Craque do time: Uma jogadora com o status e futebol de craque voltou para a Vila Belmiro em 2020: Cristiane. Durante sua passagem pelas Sereias da Vila, a atacante se consagrou com o bicampeonato da Libertadores, um Campeonato Paulista e uma Copa do Brasil. Cris também é a 5ª maior artilheira do clube com 46 gols em 29 jogos.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Para 2020, o clube passou por uma enorme reformulação para poder brigar novamente entre os melhores times. Foram 18 saídas no total, incluindo a artilheira do clube no Brasileirão, Glaucia (agora no São Paulo) e a goleira Patricia Nardy, que se aposentou dos gramados para ser preparadora de goleiras.

Por outro lado, a equipe de Guilherme Giudice foi reforçada com 14 nomes, entre elas: Giovanna, Fe Palermo, Thaisinha, Cristiane e Laryh e sete jogadoras renovaram seus vínculos (Michelle, Rita Bove, Amanda Gutierres e Ketlen entre as principais).

A equipe paulista vem de um ano que não obteve tanto sucesso no cenário nacional. Após fazer uma ótima primeira fase, sendo vice líder geral do Campeonato Brasileiro, as Sereias acabaram eliminadas já nas quartas para a futura campeã da competição, Ferroviária.

Histórico no Brasileirão: A equipe feminina foi fundada em 1997 e conquistou diversos títulos durante seu período de atividades que durou até 2011. No ano de 2015 a equipe foi reativada com nova administração do clube, desde então elas participaram de todas edições do Brasileirão, sendo campeãs em 2017. No ano passado, conforme já lembrado, a equipe parou nas quartas-de-final, resultado bem abaixo da média.

Só mata-mata

SÃO PAULO

Craque do time: A craque do São Paulo é Gláucia, atacante de 26 anos que é um reforço para 2020. Foi eleita como a melhor de sua posição no Campeonato Brasileiro 2019, onde marcou 14 gols e deu 14 assistências.

Momento do time e perspectiva para o torneio: O São Paulo feminino voltou às atividades em 2019, chegando à final de todas as competições que disputou, mas sendo campeão apenas do Campeonato Brasileiro A2 - que lhes permitiu chegar à elite nacional esse ano. O time conta com diversas jogadoras da base como Lairen, Miriam, Cristina, Rafael, Giovaninha e Emily.

A maior perda para o time foi da atacante da seleção brasileira Cristiane que não renovou seu contrato; por outro lado o clube contratou uma das melhores atacante do Brasileirão 2019, Gláucia. Além dela, o Tricolor contratou a atacante de 24 anos Duda, que estava no futebol norueguês e que estreou recentemente pela seleção brasileira, marcando gol. Após um ano em que o setor ofensivo deixou a desejar depois da saída da Valéria, o clube tratou de cuidar e fortalecer esse setor.

Histórico no Brasileirão: Em 2019 o São Paulo foi campeão do Brasileirão A2, garantindo sua vaga na Série A1. Além disso o clube foi vice-campeão da Copa Paulista e do Campeonato Paulista.

GRÊMIO

Craque do time: A jogadora Karina aos 38 anos de idade é o grande destaque da equipe gremista, experiente e com uma boa bagagem. A atleta joga pelo Grêmio na posição de atacante, com ótima visão de jogo, rápida e oportunista. Não foi à toa que a jogadora acabou o ano como artilheira da Série A2.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Visando o crescimento, a equipe gremista investiu na categoria, começando uma reformulação, sendo 14 atletas dispensadas e realizando contratações pontuais para a temporada. Espera-se nesse ano, portanto, um Grêmio bem diferente, buscando competir com grandes equipes e projetando uma disputa para a vaga na fase de mata-mata.

Histórico no Brasileirão: O clube não tem um grande histórico no campeonato Brasileiro. O primeiro ano em que a equipe disputou foi em 2017, ano em que foi rebaixado para Série A2. Somente ano passado, acabou conseguindo ficar entre os quatro melhores da segunda divisão, garantindo seu retorno à elite.

FLAMENGO/MARINHA

Craque do time: O grande destaque da equipe carioca é a goleira Kaká, no clube desde 2015. A goleira já conquistou o Campeonato Brasileiro de 2016 pelo clube. Remanescente no Fla/Marinha após grande desmanche na equipe carioca, Kaká será peça essencial para a equipe na disputa do Campeonato Brasileiro.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Com grande tradição em nível nacional, Flamengo disputa mais uma edição do Campeonato Brasileiro. Em 2019 o clube disputou os campeonatos Brasileiro e Carioca. No estadual a equipe foi campeã com méritos, tendo o melhor ataque e a melhor defesa da competição. Porém no Brasileiro o clube não teve a mesma sorte, já que a equipe carioca ficou em 4º lugar, sendo eliminado pelo Corinthians na fase de mata-mata.

O clube vem tentando levantar mais uma taça na competição, porém não será tarefa fácil. Até o momento, a equipe carioca perdeu as suas principais peças, incluindo a jogadora Larissa, que foi artilheira da competição em 2019 pela equipe e ganhou o prêmio Craque da Galera no Brasileiro. Com pouco tempo para disputa do campeonato, o clube carioca contratou sete jogadoras. Assim, veremos um time muito diferente, mas que mesmo assim ainda pode brigar para ir à fase de mata-mata.

Histórico no Brasileirão: A equipe carioca já tem no currículo o Campeonato Brasileiro do ano de 2016, porém nas demais edições vem caindo nas fases de mata-mata. Em 2019 a equipe carioca caiu nas semifinais para o Corinthians, que foi vice-campeão.
AVAÍ/KINDERMANN

Craque do time: A goleira Bárbara é um das jogadoras que em grande parte dos jogos da seleção brasileira é não só convocada, como joga de titular. Também é, provavelmente, uma das jogadoras que mais jogou pelo time do Avaí/Kindermann em 2019, e acredita-se que provavelmente isso se repetirá em 2020.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Se o time mantiver o estilo de jogo da última temporada, usando muito das laterais como força ofensiva, é possível imaginar que o time consiga passar das fases iniciais da competição, que começa por pontos corridos, e assim chegar nas fases de mata-mata.

Essa perspectiva se reforça ao se notar que a equipe manteve sua base do time: das 11 titulares que terminaram o Brasileirão 2019, todas renovaram seus respectivos contratos para 2020. E o time contratou diversas atletas, para as variadas posições em campo, processo esse que ainda não terminou - já foram mais de 10 atletas contratadas.

Histórico no Brasileirão: O time do Avaí/Kindermann, nunca ganhou um Brasileirão Feminino, e nunca conseguiu chegar a uma final da competição, porém geralmente consegue obter bons resultados, resultado de seu estilo de jogo mantido ao longo dos anos. No último Campeonato Brasileiro o Avaí/ Kindermann conseguiu chegar até a semifinal, mas acabou perdendo a vaga para a Ferroviária nos pênaltis.

Meio de tabela

IRANDUBA

Craque do time: Fabíola, ex-LIDA, atacante de 28 anos, chega ao Iranduba depois de se destacar no Campeonato Amazonense. Ela foi artilheira da Liga Itacoatiarense, marcando 11 gols. Uma das principais jogadoras do campeonato, ela chega com o peso de repetir a boa temporada de 2019, e ser a principal jogadora para ajudar o Iranduba em sua evolução.

Momento do time e perspectiva para o torneio: O Iranduba já é uma equipe conhecida no cenário nacional, mesmo com apenas nove anos de existência. Com algumas boas campanhas no Brasileirão (veja abaixo) e até participação na Libertadores, hoje é o time do Amazonas com mais destaque no futebol, garantindo bons públicos por onde passa.

Nos últimos anos, porém, a equipe perdeu força. Em 2019, se notabilizou por não fazer muitos gols e sofrer muitos - alguns de seus jogos foram perdidos com uma diferença superior atrês gols. É um time mesclado entre jogadoras jovens e experientes, que passou por grande reformulação em 2020, perdendo diversas jogadores e contratando outras várias, somando mais de 13 reforços e contado. Um time de baixo investimento, porém que sempre contrata muitas jogadoras boas que acabam indo posteriormente para clubes de maior expressão.

Histórico no Brasileirão: O Iranduba estreou no Brasileirão Feminino em 2013, e sempre se manteve na elite do futebol brasileiro, mas com campanhas geralmente medianas, e de vez em quando com um destaque a mais. Em 2017 e em 2018 conseguiu obter campanhas de destaque, as melhores de sua história, onde o time ficou em quarto lugar no Brasileirão Feminino. Em 2019 o Iranduba terminou o campeonato apenas na 10ª colocação (das 16 possíveis), com 15 pontos em 15 jogos.

SÃO JOSÉ

Craque do time: Artilheira do São José nas duas últimas temporadas, Fernanda Tipa é a esperança de gols da equipe do interior. Pode jogar tanto como a atacante mais avançada quanto uma meia ofensiva, versatilidade que deve fortalecer a Águia do Vale.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Para 2020, a equipe manteve sete atletas e contratou 16. São muitas caras novas, mas nenhuma contratação de peso. Com um campeonato mais disputado, com mais times de qualidade e camisa, o São José deve encontrar dificuldades para passar de fase, ainda que não corra risco de rebaixamento.

Histórico no Brasileirão: Desde 2013, o São José tem sido forte competidor no Brasileirão, alcançando duas quartas-de-final (2017 e 2019), uma semi-final (2016) e dois vice-campeonatos (2013 e 2015). No entanto, o desempenho desde 2017 tem caído: em 2018 nem chegou ao mata-mata, e ano passado as Meninas da Águia até tiveram um ano razoável, pegando a 8ª e última vaga para o mata-mata do Brasileirão, mas foram eliminadas logo na fase seguinte para o Corinthians.

CRUZEIRO 

Craque do time: Jovem de apenas 18 anos, a meia Duda já tem muita história para contar no futebol. Na sua primeira temporada pelo Cruzeiro, foi a artilheira da equipe no Brasileirão A2, com 12 gols em 12 jogos, e ajudou a equipe a conquistar o acesso à elite nacional. Além do faro de gol, a atleta se caracteriza pela boa visão de jogo, o que lhe permite arriscar passes decisivos com frequência, que volta e meia viram assistências. Já treinou com a Seleção Brasileira sub-17 e foi convocada para a sb-20. Sua maior inspiração é Marta.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Com o clube vivendo a maior crise institucional e financeira da sua história, o futebol feminino também sofreu, tendo suspensas as atividades do seu time sub-18. Mas o profissional foi preservado, e apesar de várias dispensas terem sido feitas, a base do time titular foi mantida. Além disso, várias contratações foram feitas para suprir as deficiências do elenco, como a goleira Maryana, a zagueira Mayara, a lateral-esquerda Thalita, a volante Godoy, a lateral-direita/volante Camila Ambrosio, e a centroavante Thamirys.

Com isso, espera-se que a equipe mantenha o bom nível de futebol apresentado em 2019, mas como a A1 é bem diferente da A2, não sabemos se isso será suficiente para as mineiras chegarem ao mata-mata.

Histórico no Brasileirão: O Cruzeiro Feminino surgiu apenas no ano passado, por conta de exigências da CBF e da Conmebol com o objetivo de fomentar a prática da modalidade. Mesmo assim, o time montado para a disputa das competições não fez feio, muito pelo contrário: além de ter sido campeão mineiro, logo em sua estreia no Brasileiro A2 passou por times como Cresspom-DF, Vasco, Pinheirense-PA e Grêmio para só ser parado na decisão do torneio, contra o São Paulo. Mesmo com o vice, conquistou o acesso à Série A1 para 2020.

MINAS/ICESP/BRASÍLIA

Craque do time: Marcella Hulk. Só pelo nome já dá para entender as características de jogo dela, né? Ela é atacante trombadora, para brigar com as zagueiras e marcar seus golzinhos na base da presença de área. Foi um dos destaques do Minas no estadual de 2019, em que a equipe foi vice, e promete deixar sua marca no Brasileirão 2020.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Com 11 novas contratações, mas nenhuma de muito peso, a equipe do Minas ICESP permanece forte, mas não deve subir de patamar. Esse ano deve permanecer no meio da tabela, mas com menos sufoco, mais próximo da classificação ao mata-mata graças à experiência adquirida nesse um ano de Série A1

Histórico no Brasileirão: Campeão da Série A2 em 2018, o projeto do Minas tem sido de ascensão. Em 2019, cumpriram o objetivo de permanecer na A1 (ainda que na 11ª posição, a um ponto da zona de rebaixamento).

Zona de Rebaixamento

VITÓRIA

Craque do time: Raíssa, jovem de 16 anos, é um dos maiores destaques na sua faixa de idade, marcou 6 dos 8 gols que as Leoas marcaram no Campeonato Brasileiro Sub-16, sendo a artilheira do torneio. Olho nela! Resta vermos como ela vai reagir atuando entre as profissionais.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Após a não classificação para o mata-mata do Brasileirão 2019, o clube optou por despedir as atletas e abrir mão da disputa do estadual, competição em que eram atuais campeãs. Para 2020, o Vitória decidiu que quem disputaria o Campeonato Brasileiro seria a equipe sub-16, terceira colocada no nacional da categoria. Ainda que com bom desempenho entre as jovens, a inexperiência deve pesar muito. É um time de atletas em formação, e colocá-las para jogar em alto nível contra profissionais deve custar muito caro.

Histórico no Brasileirão: No futebol feminino desde 2009, o bicampeão baiano (2017 e 2018) teve seu melhor desempenho no Brasileirão em 2019, quando alcançou a 9ª colocação e esteve a quatro pontos de chegar ao mata-mata. Antes disso, teve campanhas ruins, incluindo um rebaixamento em 2017, acumulando dois empates e 12 derrotas na edição, sem nenhuma vitória.

GRÊMIO OSASCO/AUDAX

Craque do time: O destaque da equipe fica com a meia Karen. Pelo clube a jogadora tem 22 jogos e dois gols. A jogadora tem características ofensivas e trabalha bem a posse de bola, com bons passes e ótima visão de jogo.

Momento do time e perspectiva para o torneio: Após um bom 2019 irregular, onde o Osasco/Audax não foi bem no Paulista, mas chegou às quartas do Brasileiro, onde caíram frente ao Avaí/Kindermann, a equipe tem como perspectiva um 2020 bem difícil. Até o momento, o clube não vem fazendo contratações, acertando apenas com um novo treinador que visa se manter na elite do campeonato. Além disso, o time perdeu muitas peças. Por isso acredita-se que o objetivo do clube é se manter na Série A1 - mas talvez isso não seja possível.

Histórico no Brasileirão: O Osasco/Audax iniciou a sua trajetória no campeonato brasileiro no ano de 2016 como Corinthians/Audax, um time com características ofensivas que ficou conhecido como "as Audaxciosas", porém mesmo com todo poderio ofensivo e ótimo esquema tático não foram o suficiente para a conquista do campeonato Brasileiro. A partir do ano seguinte, já em "voo solo", o desempenho foi aos poucos decaindo. Mesmo assim, o único ano em que o clube não passou para a fase de mata-mata foi em 2018, onde a equipe terminou em 6º lugar do grupo B e, por isso, não conseguiu a classificação.

PONTE PRETA

Craque do time: Ainda não é possível dizer que jogadora deve ser o destaque da equipe em 2020, pelo simples motivo que se conhece muito pouco do elenco ponte-pretano para a temporada. Veja mais abaixo.

Momento do time e perspectiva para o torneio: A equipe feminina da Ponte Preta para 2020 tem sido uma incógnita até os últimos instantes antes da estreia. Comissão técnica e elenco são desconhecidos, com apenas rumores não confirmados oficialmente. O indício mais forte é de que as atletas do Bonfim, time amador de Campinas, joguem com a camisa ponte-pretana.

Levando uma equipe amadora para disputar um torneio como o Campeonato Brasileiro não é bom sinal. Claro que elas podem surpreender, mas a tendência é que não consigam ir muito longe, caso parecido com o do Vitória. 

Histórico no Brasileirão: A Macaca estreou no Campeonato Brasileiro Feminino em 2017, e já na Série A1. No entanto, acabou em penúltimo no seu grupo, com nove derrotas em 14 jogos. No ano seguinte, manteve o elenco e teve melhoria drástica, passando para o mata-mata, quando foram eliminadas pelo Timão. E em 2019, a equipe voltou a oscilar e foi a primeira fora da zona de rebaixamento, com a mesma quantidade de pontos do rebaixado Vitória das Tabocas (PE)

Escrito por Daiane Zapelini, Daniel Keppler, Pedro Lobo, Taciane Santos, Thiago Souza e Victor Consoli, revisado por Daniel Keppler

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