Nossa capitão Grazi comemora seu gol no Derby (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians) |
Reencontro de rivais históricas, após quase 20 anos. O tipo de jogo que a gente não esquece... e agora mesmo é que não tem como esquecer!
Bola na área, Vic sobe, ajeita com a cabeça. Já ouviu dizer que a bola procura? Pois é, ela procurou e encontrou Grazi, livre. A zagueira palmeirense foi nada mais que uma sombra, uma espectadora de luxo da categoria da nossa capitã. Uma matada de bola que é um giro, um movimento leve, calculado, um passo de dança. GOL DO CORINTHIANS!
Palmeiras assustando? Sim. Melhor na partida? Bastante. Se eu duvidei? Nem por um instante. GOL DO CORINTHIANS. CHUPA PALMEIRAS!
O grito gutural, o soco no ar, o raspar da garganta, a levantada do sofá. A emoção do Derby que, no feminino, não acontecia desde 2001. Por que privamos o futebol desse momento?
Um 2x1 que se tornaria um 3x1 na subida de Érika, tinha que ser ela. Não apenas uma zagueira do Corinthians, mas uma zagueira corinthiana para sacramentar uma vitória com a nossa cara.
Foi difícil, jogo disputado, gramado ruim, muitos erros de passe. O balé corinthiano parecia não estar 100% sincronizado. Marcação em cima, assim como a delas na nossa defesa. No 1º tempo, tivemos mais a bola, mas não significou muita coisa, Corinthians melhor e só. Sem hegemonia, sem muitas chances. Nossas alegrias estavam no lado esquerdo, Isabella era uma mãe para Tamires, Crivelari e Juliete (hoje, muito ruim), passava tudo, inclusive a assistência para o primeiro gol. Uma ajudinha da goleira, pega desprevenida na cabeçada de Crivelari no meio do gol.
O que tomamos em seguida, aos 15 minutos, foi daqueles que merecia entrar. Um lançamento da bola que pinga no gramado ruim, engana Juliete, já vendida no lance; a ajeitada na testa e um balaço de peito de pé: Carla Nunes no ângulo, indefensável. Vinha jogo bom por aí.
A verdade é que no jogo pegado não aconteceu muito nesse restante de 1º tempo. Tivemos as melhores chances, mas nem foram tantas assim. Vic me fez lembrar o que era uma falta bem batida, daquelas de quem treina, mas a goleirona foi lá buscar.
No 2º tempo, o que já disse: Palmeiras melhor, indo pra cima, assustando a Lelê. E dá-lhe esporro na defesa. Outro susto, “vão deixar elas chegar?”, pensei. Esperei tanto pela estreia do #TimeDeRecordes, pela dominância, pela pressão, pelo erro mínimo, que a vitória veio no oposto, no momento em que a lógica apontava o contrário, o Corinthians foi lá e fez.
O resultado? Não foi um jogo de encher os olhos. Adriana, que entrou no segundo, apagadíssima. Gabi Portilho já mostrou um pouco mais (tenho medo dela ser fominha). Arthur Elias fez o que pôde, no empate meteu logo duas atacantes em campo, tirando a lateral Juliete; o time continuou extremamente organizado, coisa pra poucos. Tamires no espetáculo de sempre, duas assistências e tudo mais.
O resultado? Ótimo, e vai melhorar! Se a gente já goleia jogando mais ou menos, imagina no nosso máximo. Não foi um jogo de encher os olhos, mas de encher os pulmões com gol no Palmeiras. CHUPA!
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