Fischer, o melhor em quadra, cercado por três adversários (Foto: Reprodução/NBB) |
A partida ainda ficou marcada por algo bem legal fora das linhas. Na semana do Dia Internacional da Mulher, o Corinthians estreou Rosana Lopes, técnica da base, na comissão técnica principal, tornando-a a primeira técnica mulher a compor um time do NBB.
Rosana Lopes, a primeira técnica da história do NBB (Foto: Reprodução/Corinthians) |
PRIMEIRO TEMPO
O jogo começou bem morno, com ambas as equipes errando bastante. Após três minutos e meio de basquete, o placar marcava 2x0 para os visitantes, após dois lances livres. O Corinthians parecia ter uma estratégia bem definida: não atacar o garrafão, já que sempre procurava os arremessos livres de média e longa distância que, no primeiro quarto, insistiram em não cair. Fuzaro, marcado por Fischer, era o que destoava dos outros em quadra, fazendo com que o Mogi largasse na frente do placar. Entretanto, no minuto final do quarto, o Corinthians enfim calibrou a mão, acertando duas bolas de 3, vencendo o primeiro período por 18x16.No período seguinte, as defesas começaram muito forte, se impondo sobre os ataques de ambas as equipes. Melhor para o Mogi, que começou o quarto abrindo 7x0. Porém, após Bruno mudar o matchup de Fuzaro, colocando Robinson e até Wesley para marca-lo, e Vezaro esquentando na partida, o Corinthians voltou a se achar em quadra e, após um ótimo momento, conseguiu correr atrás do resultado, empatando o período em 19 e indo para o intervalo com dois pontos de vantagem.
SEGUNDO TEMPO
No segundo tempo, o Corinthians parece ter mudado sua tática, muito pelos arremessos não estarem em dia. Fischer apoiou-se no pick and roll de Johnson e começou a ter muita vantagem pra cima do experiente Fúlvio, que não conseguia o acompanhar. Tal jogada, somada ao bom momento de Nesbitt na partida e o desespero de Mogi em quadra, principalmente no ataque, fez com que o Corinthians abrisse 10x0 no começo do quarto, anulando o ataque dos visitantes.A discrepância entre as equipes era tão grande no quarto, que o Timão chegou a abrir 16 pontos, muito por causa da vontade que estava tendo para defender. Entretanto, nos dois minutos finais do quarto, o Corinthians ameaçou ter seu tradicional apagão. André Goes acertou 3 bolas de três pontos, recolocando o Mogi no jogo, mas não conseguiu encostar tanto assim. O período acabou com 8 de vantagem para o alvinegro, que entrava nos últimos 10 minutos com 10 de frente.
No último quarto, com a defesa de Mogi mais agressiva, o Timão buscava administrar o resultado, gastando quase todo seu tempo de arremesso em suas posses. Como resultado, os visitantes eram obrigados a fazer falta e acabaram por estourar o limite quando ainda restavam seis minutos e meio de jogo. Porém, na metade do quarto, com o jogo quase encaminhado, o alvinegro teve mais um momento ruim no jogo, e a vantagem chegou a ser de cinco pontos.
Restando quatro minutos, Vezaro acertou uma bola de três dificílima da zona morta, aumentando a vantagem para seis e, logo na sequência, Fischer resolveu acabar com o jogo, anotando cinco pontos rápidos, com direito a uma bela bola de três pontos, matando a partida. Mogi até que tentou, parou o relógio com faltas, mas não dava mais. 78x70 para o Corinthians.
ANÁLISE FINAL
Em sua sequência de quatro jogos em casa, o Corinthians encarou um desafio bem mais complicado que na vitória da última sexta-feira. Enfrentando o, até então, quarto colocado da competição, o alvinegro foi desafiado a jogar em seu limite, nos dois lados da quadra. E conseguiu desempenhar um ótimo basquete, engatando a segunda vitória seguida na competição (fato que não acontecia desde Novembro de 2019, quando ganhou sete jogos seguidos).O técnico Bruno Savignani, que tanto critico, acertou quase tudo nesta partida, sendo muito importante no resultado. Desde a lineup titular, espaçando a quadra com Vezaro na 3 e Nesbitt na 4 (uma pena os arremessos não estarem tão em dia, apenas 28% de aproveitamento nas bolas 3), mudando o matchup de Fuzaro, que estava levando muita vantagem pra cima de Fischer e, posteriormente, no segundo tempo, sabendo atacar com perfeição usando o pick and roll, o comandante mostrou que realmente estava preparado para jogar contra o Mogi hoje.
Entretanto, um problema ainda parece persistir, sendo evidente mesmo nas vitórias – a falta de um banco constante. Dos 78 pontos anotados pelo Timão, apenas quatro vieram do banco. No terceiro quarto, isso ficou ainda mais claro, pois o trio Fischer (9), Nesbitt (7) e Fuller (5) anotaram todos os 21 pontos do Timão. Fischer, aliás, fez uma excelente partida, com o nível de seleção brasileira que o atleta tinha antes da lesão.
Enfim, uma ótima vitória para dar moral a equipe nessa reta final de primeira fase. Moral que será necessária para o próximo jogo, já que enfrentará o quarto colocado novamente, que dessa vez é o Minas, no próximo sábado (14), novamente em casa. Outro embate dificílimo para o Corinthians.
Os dez primeiros colocados do NBB até 11/03 (Foto: Reprodução/NBB) |
NÚMEROS DO JOGO
1º Quarto: Corinthians 18x16 Mogi2º Quarto: Corinthians 19x19 Mogi
1º Tempo: Corinthians 37x35 Mogi
3º Quarto: Corinthians 21x13 Mogi
4º Quarto: Corinthians 20x22 Mogi
2º Tempo: Corinthians 41x35 Mogi
Total: Corinthians 78x70 Mogi
Nesbitt – 17 pontos (52% FG), 8 rebotes, 1 assistências e 18 de eficiência
Fuller - 15 pontos (58% FG), 4 assistências e 15 de eficiência
4º Quarto: Corinthians 20x22 Mogi
2º Tempo: Corinthians 41x35 Mogi
Total: Corinthians 78x70 Mogi
DESTAQUES DO CORINTHIANS
Fischer – 23 pontos (64% FG), 5 rebotes, 4 assistências e 26 de eficiênciaNesbitt – 17 pontos (52% FG), 8 rebotes, 1 assistências e 18 de eficiência
Fuller - 15 pontos (58% FG), 4 assistências e 15 de eficiência
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