O Corinthians sub-20 sempre foi cobrado por bom desempnho e formação de atletas (Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians) |
Mesmo assim, os acostumados com as grandes campanhas do Corinthians nos últimos anos podem estranhar os placares "curtos" dessa atual edição: 2x0, 3x1 e 1x1, respectivamente. Não são resultados péssimos, afinal ganhar é sempre bom, porém a torcida corinthiana tem se habituado (e por isso, sem cria expectativas) a ver placares mais dilatados e, principalmente, um futebol mais bem jogado. Então, o que podemos abstrair dessa campanha corinthiana na primeira fase da Copinha 2020?
O que destacar?
Primeiramente, é preciso ponderar que equipes fortes na Copinha nem sempre geram grandes revelações. Ganhar sempre é bom e o Corinthians precisa incentivar esse espírito vencedor desde cedo.Porém, o mais importante é promover o crescimento desses jovens, enquanto atletas. Raramente uma equipe da Copinha consegue revelar mais de quatro ou cinco jogadores de grande qualidade, juntos. Pensando nisso, precisamos observar, identificar e “pinçar” os jogadores com maior potencial da atual equipe corinthiana.
E quem vale destacar?
Analisando os três jogos contra Fluminense (PI), Retrô e Francana, podemos ver interessantes talentos na nossa base, como Gabriel Pereira, meia-atacante canhoto, e Xavier, volante com bastante chegada e capitão da equipe. Os foram os dois melhores jogadores nos dois primeiros jogos. Da atual geração, ainda devemos destacar outros jogadores importantes: Matheus Donelli (goleiro), Lucas Píton (lateral-esquerdo) e Gustavo Mantuan (atacante/meia).Donelli e Píton, inclusive, foram chamados do elenco que estava nesta Copinha para treinar com o elenco principal do Corinthians durante a pré-temporada, sendo que Donelli "subiu" provisoriamente e Piton em definitivo. Já Mantuan volta de uma séria lesão no joelho.
Talento por talento, podemos citar também o Matheus Araújo, meia com recorrentes convocações para a seleção brasileira sub-17, sendo campeão do mundo pela mesma em 2019.
As coisas mudaram. Mas o que mudou?
O fato é que, desde 2017, os times de base não vem mais se destacando como antes. As atuações relativamente pobres, as dessa Copinha, estão se tornando cada vez mais comuns. Esse autor que vos escreve, assim como vários torcedores corinthianos, sentimos falta de uma equipe mais competitiva e talentosa.Mas, além disso, sentimos falta principalmente de um jogador que surgisse como uma bomba, sabem? Que ascendesse rapidamente ao time principal e quem sabe, após alguns anos, rendesse uma boa grana aos cofres do clube. Vemos o caso do Flamengo, por exemplo, que vem realizando ótimas vendas de jovens jogadores, incluindo três em sequência por mais de € 30 milhões. O fato deles terem surgido rapidamente e com destaque no profissional é um grande mérito do trabalho de base do clube.
Pedrinho é um dos exemplos recentes de atletas que subiram ao principal e ficaram (Foto: Marcos Ribolli) |
Conclusão
Sim, temos talento e muito potencial na base! Entretanto, ultimamente, poucos jogadores estão se destacando no mais alto nível, e pouquíssimos conseguem jogar no time profissional. E isso é difícil de aceitar, considerando que o Corinthians é um dos clubes com maior investimento na categoria de base.Por isso, precisamos começar a refletir sobre o porquê de tão poucas promessas atingirem sucesso no time de cima. Será que nossas revelações estão sendo mal aproveitadas, não tendo as devidas chances no profissional, ou o trabalho na base não está sendo realizando da melhor forma e os atletas formados realmente não têm nível suficiente para jogar no Corinthians? Mas e você, o que acha? Dê sua opinião nos comentários!
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